Tarde de criptoresistência feminista na SOF

Tarde de criptoresistência feminista na SOF

Foto: Sempreviva Organização Feminista.

No sábado, dia 28 de março, realizamos a oficina de Mulheres na CriptoResistência na Sempreviva Organização Feminista. Foi uma oficina sobre privacidade, vigilantismo e segurança de rede voltada especialmente para mulheres, a segunda que fizemos – a primeira foi em Paraisópolis, no dia 20 de março. Nosso objetivo, com essas atividades, é debater questões relacionadas à privacidade, ao vigilantismo e ao recolhimento massivo de dados pessoais sob uma perspectiva feminista. E estamos inventando como fazer isso, conforme fazemos. Cada oficina, cada conversa com as mulheres, é também um aprendizado.

 

CriptoResistência para Mulheres na SOF. (Foto: Sempreviva Organização Feminista).

CriptoResistência para Mulheres na SOF. (Foto: Sempreviva Organização Feminista).

A atividade começou às 14h, com a apresentação do vídeo sobre a fala de Mônica Lewinsky no TED, onde ela fala sobre cyberbulling e o mercado de publicidade gerado pela exposição da privacidade das pessoas (http://migre.me/pgn4P). Depois, fizemos uma roda de conversa sobre a privacidade enquanto direito e o impacto do uso de dados pessoais para a formulação de conteúdo publicitário destinado à mulheres.

Além dos espaços de discussão, a oficina buscou explorar os mecanismos invasivos utilizados para a obtenção de dados pessoais e o risco implícito no uso de serviços como aplicativos, serviços de email, buscadores, redes sociais, compras online e softwares proprietários, entre outros. Depois foram apresentadas ferramentas que permitem visualizar alguns destes mecanismos de rastreamento.

A segunda etapa da oficina foi a apresentação de recursos alternativos para proteger a privacidade na rede e se comunicar com segurança, como instalação de softwares livres, o uso de criptografia para transmissão de mensagens e mecanismos para navegação segura em “10 passos para navegação segura”.

Algumas das ferramentas apresentadas foram a ferramenta de buscas DuckDuckGo, que não registra os dados dos usuários; e os plugins Ghostery e Lightbeam. Utilizados de maneira complementar, eles ajudam a identificar para quais sites nossas informações de navegação são redirecionadas à partir de um determinado portal e inibir essa prática.

Cerca de vinte pessoas participaram da oficina. Muitas mulheres, feministas de vários corres: ativistas, acadêmicas, desenvolvedoras de software, metroviárias, engenheiras, sindicalistas. 🙂 A oficina se estendeu por toda a tarde e está inteira gravada aqui: http://drone.tv.br/2015/03/28/oficina-de-criptoresistencia-sof/  As anotações para o roteiro da oficina estão aqui: http://pad.w3c.br/p/oficinanasof

A CriptoSampa é uma iniciativa da Actantes por meio do projeto Redes e Ruas, promovido pelas secretarias de Cultura, Direitos Humanos e Serviços da Prefeitura de São Paulo para ocupar telecentros, pontos de cultura e praças Wi Fi Livre com atividades de cultura digital. As facilitadoras da oficina foram Fernanda Becker, ciberativista e socióloga, e Patrícia Cornils, ciberativista e jornalista, ambas da Actantes. O Tiago Pimentel, ciberativista e sociólogo, também da Actantes, também participou. E a Mary Miloch, da Tv Drone, transmitiu ao vivo e gravou a oficina.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *